Trump manda novo recado para Moraes, dessa vez ele se… Ver mais

A relação entre Brasil e Estados Unidos entrou num daqueles momentos tensos que nem café forte resolve. Faltando poucos dias pro dia 1º de agosto, uma medida comercial anunciada por Donald Trump promete bagunçar — e muito — a economia brasileira. A partir dessa data, tudo que o Brasil exportar pros EUA vai ter que encarar uma tarifa de 50%. Sim, cinquenta por cento! E isso caiu como bomba nos bastidores do comércio exterior.

Mas a treta não tá só na grana. A coisa ficou ainda mais quente depois de uma declaração pra lá de direta do subsecretário do Departamento de Estado dos EUA, Darren Beattie. Numa postagem nas redes sociais, Beattie não teve papas na língua e soltou o verbo contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal.

Segundo ele, abre aspas: “O ministro [Alexandre de] Moraes é o coração pulsante do complexo de perseguição e censura contra Jair Bolsonaro, que por sua vez cerceou a liberdade de expressão nos Estados Unidos. Graças à liderança do presidente [Donald] Trump e do secretário [Marco] Rubio, estamos atentos e tomando medidas.”

A fala, como era de se esperar, gerou um rebuliço danado. A embaixada dos EUA em Brasília ainda fez questão de repostar a declaração, traduzida, no antigo Twitter, agora chamado de X. Com isso, o que era só uma crítica virou posição oficial do governo norte-americano. E, convenhamos, esse tipo de postura deixa claro que Trump tá entrando de sola nessa nova fase política, mirando até nas instituições brasileiras.

E sabe o que acendeu o pavio dessa crise toda? Uma decisão do próprio Moraes sobre a liberdade de expressão de Bolsonaro. Em resposta a uma consulta, o ministro disse que, em teoria, Bolsonaro pode sim dar entrevistas. Porém, alertou: se ele falar qualquer coisa que pareça incitar atos antidemocráticos — ou se terceiros espalharem essas falas nas redes —, pode virar caso de polícia. Literalmente.

Resultado? Silêncio absoluto por parte do ex-presidente. Embora tecnicamente esteja liberado pra se pronunciar, Bolsonaro tem evitado entrevistas ou declarações públicas. Segundo seus aliados, isso seria uma “censura disfarçada”. Já os críticos dizem que é uma forma legítima do STF garantir o funcionamento da democracia.

Enquanto isso, o Brasil tem uma dor de cabeça bem concreta pra lidar: a tarifa de 50% que Trump vai botar nas exportações brasileiras. O impacto pode ser devastador, especialmente em setores estratégicos como o agronegócio, mineração e indústria — tudo o que forma a espinha dorsal da nossa balança comercial com os EUA.

Especialistas alertam que o prejuízo pode ser bilionário, com empresas brasileiras perdendo espaço no mercado americano de forma brusca. E o governo brasileiro? Ainda não respondeu oficialmente, mas fontes no Itamaraty dizem que tem uma movimentação em curso, tentando costurar alianças com outros países e até acionar a OMC (Organização Mundial do Comércio).

No fundo, muitos analistas veem essa postura de Trump como mais do que política comercial. Eles enxergam uma tentativa velada (ou nem tanto) de influenciar o cenário interno brasileiro, especialmente agora, com as eleições americanas batendo à porta. Não dá pra esquecer que Bolsonaro ainda é uma figura influente entre a direita dos EUA — e tem apoio forte de nomes como Marco Rubio, que também aparece na nota do governo americano.

Ou seja, o jogo é grande. E, infelizmente, o Brasil parece estar no meio do tabuleiro.