E agora Moraes? Por essa o Alexandre não esperava, ele acaba de descobrir situação que piora sua vida

A mais nova decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, caiu como uma bomba no meio político. No último dia 18 de julho, Moraes determinou que o ex-presidente Jair Bolsonaro não pode usar redes sociais, dar entrevistas nem manter contato com outros investigados, diplomatas ou qualquer figura ligada aos inquéritos em andamento na Corte. A ordem também incluiu o uso de uma tornozeleira eletrônica — o que muitos consideraram um passo bem extremo.

A reação foi imediata. De um lado, aliados de Bolsonaro gritaram censura. Do outro, críticos do ex-presidente aplaudiram a medida como necessária pra evitar que ele voltasse a alimentar discursos que, segundo eles, poderiam incentivar atitudes antidemocráticas. E o povo, claro, também ficou dividido.

Uma pesquisa feita pelo PoderData entre 26 e 28 de julho mostra isso: 40% dos entrevistados acham a decisão errada. Já 36% dizem que foi certa. A diferença entre os dois grupos está dentro da margem de erro de 2 pontos percentuais. Ou seja, o Brasil tá rachado — de novo.

O detalhe que mais chamou atenção foi o alcance da decisão. Moraes deixou claro que não é só Bolsonaro que tá proibido de falar. Mesmo conteúdos postados por terceiros — tipo vídeos, áudios, prints, ou até comentários que reflitam a opinião do ex-presidente — podem ser considerados violações da ordem. E se alguém tentar burlar a regra, pode acabar preso preventivamente. Foi isso que o ministro disse em uma decisão complementar, no dia 21 de julho.

Essa abrangência toda gerou uma onda de críticas. Juristas com posições bem diferentes entre si se manifestaram. O ex-ministro do STF Marco Aurélio Mello, por exemplo, chamou a medida de “ambígua” e alertou para o risco à segurança jurídica. Já o advogado e colunista André Marsiglia foi mais direto: disse que essa decisão cria um efeito inibidor, onde as pessoas acabam com medo de se expressar, mesmo que não haja uma censura direta acontecendo.

Essa preocupação vem ganhando força em certos setores da sociedade. Muita gente vê essa atitude como autoritária, principalmente por vir de um ministro que, vale lembrar, não foi eleito pelo povo, mas nomeado. A pergunta que fica no ar é: até onde vai o poder de um juiz do Supremo?

E como se já não bastasse toda essa tensão por aqui, a crise atravessou fronteiras. No dia 30 de julho, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump — que, aliás, está no seu segundo mandato — resolveu entrar na briga. Ele anunciou sanções contra Alexandre de Moraes usando a Lei Magnitsky, uma ferramenta que os EUA costumam usar pra punir autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos.

Foi aí que a coisa esquentou de vez. A diplomacia brasileira, que já anda em clima tenso desde os atos de 8 de janeiro de 2023, agora tem mais uma dor de cabeça pra resolver. E Bolsonaro, por enquanto, segue em silêncio absoluto. Nem nas redes, nem nos eventos — nada. O que é até estranho vindo dele, que sempre foi conhecido por falar o que pensa, doa a quem doer.

No fim das contas, o caso abre espaço pra várias discussões. Liberdade de expressão tem limite? O Judiciário tá exagerando? Ou tá apenas tentando evitar que erros do passado se repitam? O Brasil segue acompanhando, dividido, enquanto o mundo começa a prestar atenção também.