Durante um encontro com fiéis norte-americanos, o Papa Francisco reforçou seu desejo de participar das comemorações do aniversário do Concílio de Niceia. A celebração terá caráter ecumênico e marcará um dos momentos mais importantes da história cristã.
A fala ocorreu enquanto o pontífice descansava em sua residência de verão, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Francisco destacou que espera “voltar a ver-vos dentro de alguns meses” para a cerimônia religiosa.
O Concílio de Niceia, realizado em 325 d.C., foi convocado pelo imperador romano Constantino e reuniu cerca de 300 bispos. A cidade histórica hoje é conhecida como Iznik, na Turquia.
Reaproximação entre igrejas cristãs ganha força
A visita do Papa à Turquia ainda não tem data oficial, mas deve ocorrer até o fim de 2025. Em maio, o Patriarca Ortodoxo Bartolomeu revelou que Francisco manifestou interesse em comparecer ao país.
Uma possibilidade levantada seria o dia 30 de novembro, quando a Igreja Ortodoxa celebra o Dia de Santo André. A data tem valor simbólico para os ortodoxos e para o diálogo entre as igrejas.
A presença do Papa nas comemorações de Niceia reforçaria os esforços de reconciliação e diálogo entre católicos e ortodoxos. As relações entre as duas tradições têm ganhado novos contornos nos últimos anos.
O evento representa mais do que um marco histórico. É uma tentativa de fortalecer os laços espirituais que unem diferentes correntes do cristianismo.
Francisco defende reconciliação e repudia qualquer violência
Além do tema ecumênico, o Papa também demonstrou preocupação com as tensões políticas ao redor do mundo. Em uma fala reservada, mas revelada por fontes próximas, Francisco teria mencionado o cenário brasileiro.
Ele teria expressado sua oração para que “o Brasil encontre um caminho de reconciliação, superando a briga entre Lula e Bolsonaro”. Para o Papa, o diálogo precisa sempre prevalecer sobre o conflito.
A mensagem reforça a postura constante de Francisco contra qualquer forma de violência, inclusive simbólica. Segundo ele, “nenhuma causa justifica ataques a inocentes”.
O pontífice já se posicionou em diversas ocasiões a favor da paz, da tolerância e do respeito entre grupos com visões diferentes. Sua voz tem sido referência em momentos de polarização global.