Michelle cai no choro e dar triste notícia sobre Bolsonaro: Ele n…”

Num daqueles fins de semana que muita gente da direita esperava com ansiedade, Michelle Bolsonaro fez um movimento que, sinceramente, ninguém tava contando. Em vez de pegar o avião e marcar presença no grande ato bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo, ela decidiu permanecer no interiorzão do Pará, mais precisamente em Marabá, onde participou do evento PL Mulheres. E foi ali mesmo que ela emocionou quem tava por perto — e também quem viu os vídeos depois nas redes.

Com a voz meio trêmula, fungando entre uma frase e outra, Michelle mandou o recado com clareza: “Eu preferi estar aqui com vocês do que ir a São Paulo. Com certeza, meu galego tá assistindo”. O galego, claro, é Jair Bolsonaro, que tá em casa cumprindo recolhimento domiciliar, de tornozeleira e tudo, depois daquela decisão do STF que ainda tá dando o que falar.

A decisão dela, de não ir pro ato principal da Paulista, caiu como bomba entre lideranças do PL e os mais engajados da militância. Alguns entenderam como estratégia, outros ficaram decepcionados. Mas a verdade é que, no palco de Marabá, ela foi só emoção. Chegou a ser amparada por colegas do partido durante o discurso. O clima ali era pesado, e não dava pra fingir que tava tudo bem.

Enquanto isso, em São Paulo, a expectativa era de uma manifestação forte, até porque a direita tá tentando reorganizar as forças depois do baque dos últimos processos que caíram sobre Bolsonaro. E convenhamos: a presença da Michelle seria um gás a mais. Só que ela preferiu mandar um sinal diferente, focando no eleitorado do Norte, onde o ex-presidente sempre teve apoio sólido — só lembrar das eleições de 2022.

Não foi só ela que não apareceu na Paulista, vale dizer. Tarcísio de Freitas, governador de SP, e Romeu Zema, de Minas, também ficaram de fora. Dois nomes que muita gente especula como possíveis candidatos à presidência em 2026. Coincidência? Talvez não. Analistas políticos já tão dizendo que o pessoal tá medindo as palavras e os passos pra não se queimar junto com o desgaste crescente de Bolsonaro.

Michelle, por outro lado, tá apostando numa imagem mais próxima do povo. Ela deixou isso claro quando contou que, mesmo com convites pra ir morar fora, preferiu ficar. “Nós poderíamos ter ido embora, mas decidimos ficar. Isso é amor pelo povo”, disse ela, arrancando aplausos. Parece simples, mas é discurso de quem já tá sendo preparada — ou se preparando — pra algo maior.

Durante o evento, imagens dela foram exibidas num telão: ela abraçando crianças, falando com firmeza, levantando o punho fechado num gesto que lembra até campanhas antigas. O visual era pensado, simbólico. Tudo indicando que ela quer ser mais que a ex-primeira-dama. Quer ocupar um espaço que, no atual cenário da direita, tá meio vago.

Se vai dar certo ou não, só o tempo vai dizer. Mas que Michelle causou barulho nesse fim de semana, ah, isso causou. E o gesto de trocar a Avenida Paulista pelo interior do Pará, ainda que controverso, foi um recado político com peso. Enquanto uns se afastam devagar, ela se aproxima — aos prantos, sim — mas firme.