A jornalista Leilane Neubarth, conhecida pelo seu trabalho na GloboNews, passou por uma situação constrangedora e agressiva nesta última terça-feira (29). Ela usou seu perfil no Instagram pra contar que foi atacada verbalmente por uma mulher enquanto fazia compras, numa loja. Segundo Leilane, tudo aconteceu do nada, sem provocação ou discussão prévia.
No vídeo publicado por ela, dá pra ouvir claramente a mulher a insultando por conta de sua profissão e, principalmente, pelo fato de trabalhar na TV Globo. A agressora não economizou nos xingamentos e críticas. “Vocês repórteres da Globo são insuportáveis, fazem um jornalismo de lixo. Eu assistia a Rede Globo… Vai botar no jornal? Ai, eu tô com o cabelo bom hoje? Queria estar melhor. Tô vindo do hospital, entendeu? Eu trabalho pra caramba. Trabalho com gente pobre, muito pobre, que acredita nas bobagens que vocês falam. Jornalixo!”, dispara ela, cheia de raiva e ironia.
Leilane, visivelmente abalada, escreveu no post: “Isto aconteceu comigo esta tarde. Eu estava numa loja, tranquilamente fazendo compras, quando fui vítima de uma agressão gratuita. Do nada essa mulher começou a me agredir e me xingar. Eu demorei um pouco pra entender que minha única ‘arma’ contra aquela agressão gratuita era meu celular. Gravei só o final do ataque. Além de agressiva ela foi extremamente debochada, parecendo se exibir na agressão. Por isso decidi postar aqui. Ninguém precisa gostar de ninguém. Mas acredito realmente que ‘o respeito é a luz que ilumina a escuridão da intolerância’”.
A postagem teve grande repercussão e gerou uma enxurrada de mensagens de apoio de colegas da imprensa e fãs. A jornalista Sandra Annenberg fez questão de deixar um comentário longo, expressando solidariedade à colega e criticando a postura da mulher. “Querida, sabemos do trabalho que fazemos e o fazemos com orgulho. Espero que o trabalho dela seja tão bom quanto o nosso. De uma coisa temos certeza juntas: jamais trataríamos ninguém assim, mesmo sendo alguém com quem não concordássemos. Respeito é precioso e essa cidadã, infelizmente, não sabe o que é isso”, escreveu.
Outros jornalistas também se manifestaram. Natuza Nery comentou: “Minha solidariedade, querida Lei”. Já Bruno Grubertt, da TV Globo, disse: “Que essa desquerida encontre o amor e aprenda sobre respeito. Você já tem os nossos”. Renata Ceribelli foi direta e carinhosa: “Amiga, sinta-se acolhida. Essa atitude fala sobre ela e não sobre você”.
Rodrigo Campos também se posicionou: “Leilane é uma referência no jornalismo! Simples, assim!”. E Daniela Lima, em um dos comentários mais emocionantes, escreveu: “Toda vida me pergunto por que continuamos nessa… ouvindo gente injusta, sendo julgadas o tempo todo… Não tem outro motivo que não o espírito público. Ela já foi âncora de tudo. Já poderia, merecidamente, estar dormindo em berço esplêndido. Mas ela segue. Por quê? Porque os tempos são brutos e porque quem é da luta pelo país é da luta pelo país. Você me enche de orgulho. E estar ao seu lado é um presente. Dos maiores que já recebi. Te amo”.
A situação vivida por Leilane é mais um reflexo do clima de intolerância que tem dominado parte da sociedade brasileira, especialmente quando se trata de jornalistas e comunicadores ligados a grandes emissoras. Apesar de tudo, ela decidiu expor o caso não só como desabafo, mas como uma forma de alertar para os perigos da violência gratuita – e da falta de respeito.
